Participei como aluno de uma oficina de conteúdo muito rico sobre teorias na fotografia contemporânea, ministrada por Rogério Entringer.
Apresentou material de excelente qualidade, de conteúdo vasto e interligado, fluido, fácil de se absorver e de se envolver.
Hoje passo por um conflito entre a necessidade de buscar, no meu limite, a imagem asséptica, aprovada pelo cliente (e muitas vezes abrindo mão do que eu mesmo considero bom/ideal) e a criação de algo mais visceral, fora do lugar comum, transgressor no que diz respeito ao que a massa chama de “adequado”, e ao mesmo tempo consumível e que faça o espectador repensar a fotografia como meio de expressão.
Isto foi muito bom, pois foi um atalho. Por outro lado, a técnica tão almejada por fotógrafos iniciantes me aborreceu cedo demais.
Ao mesmo tempo em que acho lindo bater os olhos numa fotografia e saber quem é seu autor apenas pela luz, composição e técnica utilizadas, me intriga e fascina o portfólio de um fotógrafo cujas imagens são desconexas, tornando sua obra um verdadeiro labirinto (Claro, não por falta da técnica, mas justamente pelo contrário).
Então, quando me aprofundo em algo, sinto que estou demandando tempo demais a um único universo (Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, agora mesmo, em tantas partes do mundo?).
Me sinto a própria Cristina, de Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen, 2008), definida por Maria Elena na conversa que têm, quando Cristina entra em crise e decide abandonar a vida que escolhera ao lado do casal. Esta cena falou diretamente a mim e os gritos da personagem da Penelope Cruz me calaram.
...Desejo de ser mais e melhor naquilo em que acredito, mas saber que acredito em tudo, principalmente no Homem e nas suas 06 bilhões de possibilidades de histórias.
Estar vivo é uma experiência tão rica, mas tão breve, perto de tudo o que se pode ser... Pensando assim fica muito mais fácil entender os atores.
Logo postarei as fotos que apresentei por lá.
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